Pelos critérios estabelecidos, entre as 21 capitais pesquisadas, Florianópolis tem o pior deslocamento. Ainda segundo o ranking desenvolvido pelo pesquisador da Universidade de Brasília (UnB), Valério Medeiros, a capital catarinense tem a segunda pior mobilidade entre as cidades pesquisadas em todo o mundo.
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Medeiros avaliou as relações de movimento e como a forma das cidades condiciona a mobilidade. A partir da identificação de rotas em que é possível a passagem de veículos, o pesquisador calculou o chamado "valor de integração" de cada cidade, com o auxílio de um software.
Foram levadas em consideração a organização e a conexão das ruas em detrimento da quantidade de vias. No primeiro momento, os dados levantados foram das cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes. Na sequência do estudo, os dados foram confrontados com aqueles obtidos em 164 cidades do mundo. O paralelo foi feito na Universidade de Londres, onde a forma de abordagem do estudo foi criada.
- As cidades brasileiras foram as piores no contexto mundial. Uma das grandes contribuições para isso foi o processo de crescimento urbano sem planejamento global das cidades nas décadas de 1960 e 1970. Isso criou uma "colcha de retalhos", com desenhos diferentes entre os bairros. Ao longo do tempo, os pedaços não foram costurados, causando segregação espacial e perda de área nos deslocamentos - ressaltou o autor da pesquisa.
Desenho da cidade explica engarrafamentos
Quanto menor o valor do índice, mais labiríntica a cidade e, consequentemente, mais difícil a mobilidade de carro. Com a pontuação de 0,199, Florianópolis ficou bem à frente da segunda colocada, Rio de Janeiro, com 0,303. Porto Velho foi considerada a capital com melhor mobilidade, com índice 1,458. No mundo, Florianópolis só perde para a cidade de Phuket, na Tailândia.
O desenho da cidade pode explicar a quantidade de engarrafamentos. Para o autor do estudo, o principal motivo das dificuldades em ir e vir de carro em Florianópolis é a geografia. O espaço em que a cidade se instalou tem muitos morros, montanhas, lagoas e dunas, o que causou a não-continuidade da malha viária. A falta de conexões entre os bairros gerou um mapa fragmentado.
O pesquisador sugere duas estratégias para amenizar o problema. A primeira seria criar novas ligações entre o Continente e a Ilha. A segunda possibilidade apontada por ele é promover a integração de vários modos de transportes. Além disso, o estudioso avalia ser importante evitar o desenvolvimento de grandes áreas longe do espaço principal da cidade e utilizar ciclovias para pequenos trajetos.
Fonte DC.
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Medeiros avaliou as relações de movimento e como a forma das cidades condiciona a mobilidade. A partir da identificação de rotas em que é possível a passagem de veículos, o pesquisador calculou o chamado "valor de integração" de cada cidade, com o auxílio de um software.
Foram levadas em consideração a organização e a conexão das ruas em detrimento da quantidade de vias. No primeiro momento, os dados levantados foram das cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes. Na sequência do estudo, os dados foram confrontados com aqueles obtidos em 164 cidades do mundo. O paralelo foi feito na Universidade de Londres, onde a forma de abordagem do estudo foi criada.
- As cidades brasileiras foram as piores no contexto mundial. Uma das grandes contribuições para isso foi o processo de crescimento urbano sem planejamento global das cidades nas décadas de 1960 e 1970. Isso criou uma "colcha de retalhos", com desenhos diferentes entre os bairros. Ao longo do tempo, os pedaços não foram costurados, causando segregação espacial e perda de área nos deslocamentos - ressaltou o autor da pesquisa.
Desenho da cidade explica engarrafamentos
Quanto menor o valor do índice, mais labiríntica a cidade e, consequentemente, mais difícil a mobilidade de carro. Com a pontuação de 0,199, Florianópolis ficou bem à frente da segunda colocada, Rio de Janeiro, com 0,303. Porto Velho foi considerada a capital com melhor mobilidade, com índice 1,458. No mundo, Florianópolis só perde para a cidade de Phuket, na Tailândia.
O desenho da cidade pode explicar a quantidade de engarrafamentos. Para o autor do estudo, o principal motivo das dificuldades em ir e vir de carro em Florianópolis é a geografia. O espaço em que a cidade se instalou tem muitos morros, montanhas, lagoas e dunas, o que causou a não-continuidade da malha viária. A falta de conexões entre os bairros gerou um mapa fragmentado.
O pesquisador sugere duas estratégias para amenizar o problema. A primeira seria criar novas ligações entre o Continente e a Ilha. A segunda possibilidade apontada por ele é promover a integração de vários modos de transportes. Além disso, o estudioso avalia ser importante evitar o desenvolvimento de grandes áreas longe do espaço principal da cidade e utilizar ciclovias para pequenos trajetos.
Fonte DC.
Me assuta o que diz o texto;
ResponderExcluir-que a principal dificuldade de ir e vir em Floripa é a Geografia. Colocar a culpa nas Dunas, nas Montanhas, na Lagoa é muito fácil e egoísta... Enquanto nossa sociedade for "pautada" no automóvel (carro) nada vai mudar.
O pesquisador sugere ciclovias para pequenos trajetos. Tudo haver com a nossa luta. Temos de pensar meios para utilizar esta pesquisa em nosso favor.
ResponderExcluirNão estão claros os critérios adotados.
ResponderExcluirPara melhorar o índice, o que seria necessário: mais pontes ou túneis para o continente? Asfaltar a ligação para a Costa da Lagoa? Duplicar as Rendeiras, a estrada do Rio Vermelho, todas as ligações para os bairros distantes? Por que a mobilidade está associada ao uso do carro privado? Por que não pensar no transporte aquático ou ferroviário ou nos bondes?
De repente, pode ser uma grande vantagem tudo o que dificulta o uso do carro particular, e não o contrário.