Ciclovia
Estimular o transporte público e os meios de locomoção não poluentes é tarefa não só de prefeituras, mas também do governo do Estado. O uso de bicicletas tem sido de longe, no mundo inteiro, o meio de locomoção que mais cresce. Com isso aumenta o número de ciclovias e de bicicletários ao lado dos terminais públicos.Em Florianópolis, estamos na contramão, pois o governo não libera as passarelas das pontes, que custaram milhões aos bolsos do contribuinte, e ainda falam em metrô de superfície.
Texto retirado de: http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2660153.xml&template=3916.dwt&edition=13162§ion=1328
O desafio do transporte
A revolução do automóvel, saudada como a marca do século 20, produziu, paradoxalmente, a crise da mobilidade urbana nas metrópoles mundiais. O crescimento das cidades e a expansão da frota de veículos automotores provocaram o caos no transporte público de algumas dos maiores centros urbanos do planeta como a Cidade do México, Tóquio, Xangai, Cairo ou São Paulo , num fenômeno que agora se estende também à maioria das cidades grandes e médias do planeta. No Brasil, que nos 50 anos de indústria automobilística já chegou à marca dos 50 milhões de automóveis fabricados, a questão assume contornos dramáticos.Cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília e também Florianópolis, que lidera o ranking das cidades com maior número de automóveis em comparação com a população residente, enfrentam os efeitos maléficos do excesso de automóveis. Imensos engarrafamentos – que em São Paulo frequentemente são quantificados em dezenas de quilômetros –, poluição, estresse, acidentes de trânsito e gastos com combustível somam-se ao tempo perdido pela população. Em Florianópolis, o relevo acidentado e o alto percentual de áreas de preservação na Ilha de Santa Catarina dificultam a construção de novas opções de estradas. Os gargalos no trânsito são muitos, e nos meses de alta temporada um simples deslocamento até as praias pode se converter num calvário.Os prejuízos decorrentes da precariedade da estrutura viária e da abundância de automóveis são imensos. Só na capital paulista, segundo a Fundação Getúlio Vargas, o prejuízo anual é de R$ 26 bilhões apenas com as horas de trabalho perdidas nos engarrafamentos. Somadas, as mais de duas horas que os cidadãos perdem cada dia no transporte significam que cada um deles passa em ônibus ou automóveis pelo menos dois dias inteiros por mês.Os estrategistas – e não apenas os municipais – têm a responsabilidade de pensar as cidades do futuro, o que significa organizar sua viabilidade. Neste sentido, por mais efetivo que o gesto tenha se mostrado para conter os efeitos da crise mundial, não deixa de ser pelo menos discutível o fortalecimento da indústria automobilística às custas de bilionária renúncia fiscal. As cidades clamam por investimentos em metrôs ou sistemas equivalentes, em faixas exclusivas para ônibus, em ciclovias, na valorização dos espaços sociais, na integração das várias modalidades de locomoção e nas melhorias que tornem o transporte coletivo atraente para os usuários – e que não representem, como hoje, quase um castigo do qual se quer fugir com a compra de um automóvel. Os estrategistas – e não apenas os municipais – têm a responsabilidade de pensar as cidades do futuro, o que significa organizar sua viabilidade.
Texto retirato de: http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2660148.xml&template=3898.dwt&edition=13162§ion=1320
21/09/2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário